História do município de Sete Barras
Quanto à origem do nome Sete Barras, existem duas correntes de opinião:
Uma atribui o nome ao fato da pequena Vila, que deu origem à Cidade, estar situada nas proximidades da orla do sétimo afluente do Ribeira, a contar de sua foz, e a outra, às lendas ligadas à exploração de ouro na região, no início da colonização, entre elas a das Sete Barras de ouro perdidas.
Uma atribui o nome ao fato da pequena Vila, que deu origem à Cidade, estar situada nas proximidades da orla do sétimo afluente do Ribeira, a contar de sua foz, e a outra, às lendas ligadas à exploração de ouro na região, no início da colonização, entre elas a das Sete Barras de ouro perdidas.
A denominação deste povoado também encerra uma
lenda. O Cel. Diogo Martins Ribeiro Júnior, em seu trabalho "Riquezas da
Ribeira de Iguape", publicado em 1922, referindo-se a Sete Barras diz o
seguinte:
"Antigamente o lugar onde está SETE BARRAS, denominava-se – Goyntahogoa – segundo ouvi de um índio velho, na seguinte lenda em que se explica a origem do nome atual". "Nos tempos em que se minerava ouro no Arraial (no rio Iporanga) um espanhol que lá esteve batendo nas guapiaras, conseguiu após algum trabalho, juntar muitas pepitas de ouro, perfazendo o total de vários quilos do cobiçado metal, que fundiu em sete barras de grande peso cada uma.
Resolvendo voltar à Pátria, levando a sua preciosa carga, o espanhol descia o Ribeira em canoa, quando no pouso que fez no sítio denominado Goyntahogoa, soube que se havia instalado no Registro, um posto de pesagem de ouro, para o pagamento de 5% à coroa de Portugal.
Resolvido a burlar a coroa Portuguesa, o espanhol tratou de indagar se poderia chegar a Santos, sem passar pelo registro. Para obter essa informação, desceu até a barra do Juquiá, tendo previamente enterrado no sítio Goyntahogoa, todo o ouro extraído das minas do Arraial, inclusive as sete barras do precioso metal .
"Antigamente o lugar onde está SETE BARRAS, denominava-se – Goyntahogoa – segundo ouvi de um índio velho, na seguinte lenda em que se explica a origem do nome atual". "Nos tempos em que se minerava ouro no Arraial (no rio Iporanga) um espanhol que lá esteve batendo nas guapiaras, conseguiu após algum trabalho, juntar muitas pepitas de ouro, perfazendo o total de vários quilos do cobiçado metal, que fundiu em sete barras de grande peso cada uma.
Resolvendo voltar à Pátria, levando a sua preciosa carga, o espanhol descia o Ribeira em canoa, quando no pouso que fez no sítio denominado Goyntahogoa, soube que se havia instalado no Registro, um posto de pesagem de ouro, para o pagamento de 5% à coroa de Portugal.
Resolvido a burlar a coroa Portuguesa, o espanhol tratou de indagar se poderia chegar a Santos, sem passar pelo registro. Para obter essa informação, desceu até a barra do Juquiá, tendo previamente enterrado no sítio Goyntahogoa, todo o ouro extraído das minas do Arraial, inclusive as sete barras do precioso metal .
Chegando a barra do
Juquiá, encontrou diversos índios que, interrogados lhe disseram que subindo
pelo Y-iquiá e pelo Caynhoire (São Lourenço) e Itariri, pelas cabeceiras deste
último, era muito fácil de ir a praia do mar.
Estava o espanhol resolvido a fazer a viagem por aquele itinerário e já pensava em voltar ao sítio Goyntahogoa, quando um dos índios lhe falou da quantidade de ouro existente no rio Guyrõmbyi (quilombo), no lugar denominado Tarenconcé (Travessão).
Essa notícia tentou-o a nova exploração. Sem voltar a Goyntahogoa, subiu o espanhol o rio Quilombo e chegou ao Travessão onde, sem muito trabalho tirou grande porção de ouro.
Era porém o aludido espanhol amigo de furar sertões, e tendo notícias das ricas minhas do Pedro Vaz, resolveu ir até as cabeceiras do rio Assunguy e alí entrar com o dito Pedro Vaz. Entretanto, este não consentiu que o espanhol fosse seu sócio naquelas explorações.
Deixou então o Assunguy e foi a Goyntahogoa desenterrar o seu ouro, baldados foram os seus esforços, nunca mais soube encontrar o seu precioso enterro. Depois de seguidos dias de inúteis pesquisas, resolveu voltar à Pátria, levando o ouro do Travessão, que não era inferior em quantidade e qualidade ao ouro extraído do Arraial e hoje enterrado no sítio Goyntahogoa, até que algum felizardo o encontre e faça a exumação desse "cadaver", capaz de arredar muitos cadaveres".
Estava o espanhol resolvido a fazer a viagem por aquele itinerário e já pensava em voltar ao sítio Goyntahogoa, quando um dos índios lhe falou da quantidade de ouro existente no rio Guyrõmbyi (quilombo), no lugar denominado Tarenconcé (Travessão).
Essa notícia tentou-o a nova exploração. Sem voltar a Goyntahogoa, subiu o espanhol o rio Quilombo e chegou ao Travessão onde, sem muito trabalho tirou grande porção de ouro.
Era porém o aludido espanhol amigo de furar sertões, e tendo notícias das ricas minhas do Pedro Vaz, resolveu ir até as cabeceiras do rio Assunguy e alí entrar com o dito Pedro Vaz. Entretanto, este não consentiu que o espanhol fosse seu sócio naquelas explorações.
Deixou então o Assunguy e foi a Goyntahogoa desenterrar o seu ouro, baldados foram os seus esforços, nunca mais soube encontrar o seu precioso enterro. Depois de seguidos dias de inúteis pesquisas, resolveu voltar à Pátria, levando o ouro do Travessão, que não era inferior em quantidade e qualidade ao ouro extraído do Arraial e hoje enterrado no sítio Goyntahogoa, até que algum felizardo o encontre e faça a exumação desse "cadaver", capaz de arredar muitos cadaveres".
DE GOINTAOGA A SETE BARRAS
Para os índios, era Gointaoga, ou na ortografia colonial Goyntahogoa. Mas vieram os brancos, e com eles a febre do ouro e a poesia das lendas. Muitas lendas se criaram sobre o ouro: as lendas das sete barras, e Gointaoga se chamou Sete Barras.
Pesquisando descobri uma terceira lenda sobre Sete Barras:
Sete Portugueses, todos súditos de Martins Afonso de Souza, navegando pelo Rio Ribeira de Iguape, no percurso que os levaria de Cananéia à cabeceira do Rio Etá, os portugueses, chefiados por Afonso Pires, encontraram uma mina de ouro.
Firmando então um acordo, juraram confiança recíproca e partiram.
Após longa viagem, instalaram-se e garimparam até encontrar o ouro, que foi repartido em sete partes e fundido em sete barras.
Preparada a viagem de volta, veio a decepção, um dos aventureiros, tomado pela cobiça, fugiu com o tesouro enquanto os demais dormiam.
Sua viagem rumo a Piratininga (São Paulo), no entanto, não foi concluída.
O traidor não resistiu ao percurso da mata, tendo sido encontrado morto às margens do Rio Laranjeirinha.
Esse outro mistério envolvendo o desaparecimento de sete barras de ouro teria dado origem ao nome da cidade.
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No século XIX, José Carlos Toledo doou publicamente ao divino Espírito Santo uma área de dois alqueires de terra, à margem esquerda do rio Ribeira do Iguape, para que ali fosse construída uma capela em seu louvor.
Não se passaram muitos anos entre a implantação da capela e
a elevação da aldeia ali existente à Distrito de Paz, do Município de Xiririca
(hoje Eldorado), através da Lei Provincial n.º 58, de 21 de março de 1885.
Em 1944, quando da criação do Município de Registro (desmembrado
de Iguape), o Distrito de Sete Barras passou a integrar a nova cidade, à qual
estava ligada por estrada e por curso d?água.
Pouco mais de treze anos depois, começou o movimento pela
autonomia do Distrito, culminando com a emancipação político-administrativa em
18 de fevereiro de 1959, através da Lei nº 5285, tendo como primeiro Prefeito
Sebastião Madaleno de Moraes.
Formação Administrativa de Sete Barras
O Distrito de Sete Barras criado por Lei Provincial nº 58,
de 21 de março de 1885.
O Distrito de Sete Barras foi transferido do Município de
Iguape para Xiririca por Lei Provincial nº 66, de 2 de abril de 1887.
Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de
1911, figura no Município de Xiririca o Distrito de Sete Barras.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o
Distrito de Sete Barras permanece no Município de Xiririca.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e
31-XII-1937, Sete Barras é Distrito judiciário e figura no Município de
Xiririca.
No quadro anexo ao Decreto-lei Estadual nº 9073, de 31 de
março de 1938, o Distrito de Sete Barras permanece no Município de Xiririca.
No quadro fixado pelo Decreto Estadual nº 9775, de 30 de
novembro de 1938, para 1939-1943, o Distrito de Sete Barras permanece no
Município de Xiririca.
Pelo Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de
1944, o Distrito de Sete Barras foi transferido do Município de Xiririca para o
de Registro, onde figura em 19451948.
Permanece no Município de Registro nos quadros territoriais
fixados pelas Leis Estaduais nos 233, de 24-XII-1948 e 2456, de 30-XII-1953
para vigorar, respectivamente, nos períodos 1949-53 e 1954-58.
Prefeitos de Sete Barras
Prefeitos de Sete Barras
Sete Barras é elevado à categoria de Município
Elevado à categoria de Município pela Lei Estadual nº 5285,
de 18 de fevereiro de 1959, desmembrado do Município de Registro com sede no
Distrito de Sete Barras. Constituído do Distrito sede. Sua instalação
verificou-se no dia 01 de janeiro de 1960.
Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o Município de
Sete Barras é formado apenas do Distrito sede.
Fonte IBGE
Geografia de Sete Barras
Santo Antônio localiza-se na microrregião de Registro, Vale
do Ribeira, sul do estado, à latitude 24º23'16" sul e à longitude
47º55'32" oeste; tem altitude de 30 metros.
Sua população estimada em 2016 era de 13.098 habitantes.
Município Brasileiro Localizado na Região Região Sudeste do
Brasil.
Rodovias
A cidade é cortada por duas rodovias: a SP-139, também
chamada de Rodovia Empei Hiraide e SP-165.
Hidrografia
Rio Juquiá
Rio Ribeira de Iguape
Rio Preto
Rio Saibadela
Rio Etá
Rio Dois Irmãos
Rio Ipiranga
Ribeirão Turvo
Bairros
Bairros
- Areadinho
- Areado
- Barra do Ribeirão da Serra
- Cacubo
- Centro
- Conchal Branco
- Conchal Preto
- Dois Irmãos
- Dois Irmãozinhos
- Etaguá
- Etá
- Edel
- Formosa
- Vila São João
- Guapiruvu
- Itopamirim de Cima
- Itopamirim de Baixo
- Ipiranga
- Jaguaruna
- Jardim Ipiranga
- Jardim Nossa Senhora de Aparecida
- Mamparra
- Lambari
- Monjolo
- Onça Parda
- Pracatu
- Raposa
- Rio Preto
- Saibadela
- Santa Cruz
- Jardim Magário
- Vila Soares
- Votupoca
- Nazaré
- 8ª Gleba
- 6ª Gleba
Economia
O município está pouco abaixo da média do PIB per capita da
UGRHI-11 - 6,8 mil reais por habitante ano - e em relação ao PIB per capita
paulista, equivale a apenas 29%, confirmando a reduzida produção de riquezas da
região. Segundo o Censo Agropecuário realizado pelo IBGE no ano de 2006, o
Município conta com 80 propriedades agrícolas, que totalizam uma área de 33.465
hectares.
O município está pouco abaixo da média do PIB per capita da
UGRHI-11 - 6,8 mil reais por habitante ano - e em relação ao PIB per capita
paulista, equivale a apenas 29%, confirmando a reduzida produção de riquezas da
região.
Segundo o Censo Agropecuário realizado pelo IBGE no ano de
2006, o Município conta com 80 propriedades agrícolas, que totalizam uma área
de 33.465 hectares.
Demografia
Dados do Censo - 2010
População total: cerca de 13.005
Urbana: 4,651
Rural: 5,814
Homens: 6.661
Mulheres: 6.324
Densidade demográfica (hab./km²): 12,24
Expectativa de vida (anos): 74,4
Taxa de alfabetização: 85,08%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,673
IDH-M Renda: 0,673
Site Oficial : http://www.setebarras.sp.gov.br/