Considerada “a dama da literatura brasileira” e também “a maior escritora brasileira viva”, Lygia de Azevedo Fagundes (que mais tarde passaria a assinar Lygia Fagundes Telles) nasceu em São Paulo, no bairro de Santa Cecília, no dia 19 de abril de 1923, sendo a quarta filha do advogado Durval de Azevedo Fagundes e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura. Devido ao trabalho do pai como advogado e promotor público, a família morou em diversas pequenas cidades do interior do Estado de São Paulo. O que poucos sabem é que a hoje mundialmente conhecida escritora viveu alguns anos de sua infância em Apiaí, cidade situada no Alto Vale do Ribeira.
Pela
leitura dos jornais de São Paulo, é possível traçar o itinerário das constantes
mudanças de seu pai, que trabalhou como advogado distrital, procurador,
promotor público, comissário de política e juiz. Em 1910, Durval de Azevedo
Fagundes era delegado em Piedade, e, em 1912, em Descalvado. De 1913 a 1917,
trabalhou como advogado em Descalvado, sendo delegado de polícia neste último
ano. Em 1917, foi promotor público em Apiaí, e nesta mesma cidade, em 1918,
curador geral de órfãos e ausentes. De 1918 a 1920, foi promotor em Xiririca
(Eldorado), onde atuou também como advogado. De 1920 a 1922, de novo promotor
em Apiaí. Em 1922, foi transferido para Areias. Em 1923, estava em Sertãozinho,
sendo transferido para Ituverava em 1924. Em 1925, foi suspenso por 30 dias
como promotor dessa comarca. Em 1927, foi exonerado “a bem do serviço público”
do cargo de promotor da comarca de Ituverava. Em 1928, foi retirada a nota “a
bem do serviço público” de sua exoneração. De 1928 a 1930, estava novamente
como advogado em Apiaí, participando da sociedade e da política local: em 1928,
foi convidado para o aniversário do líder político de Apiaí, coronel Cândido
Dias Baptista, e em 1930 participou da adesão à candidatura de Júlio Prestes à
presidência da República. (1)
Aos
8 anos, a família de Lygia mudou-se para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por
cinco anos. O pai tinha uma vida descontrolada, era adepto de jogos, e várias
vezes levou a filha a cassinos em Santos “para dar sorte”, mas sempre perdia as
apostas. Em 1936, os pais se separaram, mas não se desquitaram, situação que
levou Lygia e a mãe a voltarem a São Paulo para viverem uma vida de “classe média empobrecida”. Em São
Paulo, Lygia estudou no Instituto de Educação Caetano de Campos, quando passou
a se interessar por literatura.
Em
entrevista à revista paulistana “A
Cigarra”, em 1971, a escritora falou sobre o seu progenitor: “Meu pai era promotor público, diziam que
falava bonito com seu vozeirão. Mas não me lembro da voz, lembro da sua risada,
que fazia estremecer as vidraças. Gostava de jogo, bebida, mulher. Eu o espiava
de longe, descalça e descabelada.” (2)
Em
1938, Lygia fez a sua estreia literária com o livro “Porão e Sobrado”, que foi bem recebido pela crítica. Em 1944, o
livro “Praia Viva” também recebeu boa
acolhida.
Ingressou
no curso de Direito da Faculdade do Largo de São Francisco, formando-se em
1946. Fez, também, simultaneamente, o curso de Educação Física. Para pagar os
seus estudos, trabalhou na Secretaria da Agricultura. Na academia, conheceu
Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Paulo Emílio Sales Gomes (que viria a ser
o seu segundo marido), entre outros. Fez parte da academia de letras dessa
faculdade, escreveu para os jornais “Arcádia”
e “A Balança”. Foi na academia que se
encantou com os clássicos: “Dom Quixote”,
“A Divina Comédia”, “Paraíso Perdido”, “Os Sertões”, além de Tolstói e Dostoievski.
Em
1947, Lygia de Azevedo Fagundes casou-se com o advogado Goffredo da Silva Telles
Júnior, passando a assinar Lygia Fagundes Telles. Dessa união nasceu o cineasta
Goffredo da Silva Telles Neto (1952-2006).
Em
1949, o seu terceiro livro de contos “O
Cacto Vermelho” recebeu o Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de
Letras. O primeiro romance só apareceria em 1954, “Ciranda de Pedra”, que foi muito bem recebido pela crítica e
público, tornando-a, a partir de então, conhecida em todo o País.
Com
a separação de Goffredo em 1960, Lygia casou-se, em 1963, com Paulo Emílio
Sales Gomes (1916-1977), historiador, crítico de cinema, professor, ensaísta e
militante político, com quem ficou casada até o falecimento dele, em 1977.
Profissionalmente,
além de escritora, Lygia Fagundes Telles trabalhou como procuradora do
Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, cargo no qual se aposentou.
Foi também presidente da Cinemateca Brasileira, fundada pelo esposo Paulo
Emílio.
Escreveu
os livros “Verão no Aquário” (1964), “Mistérios” (1981), “As Horas Nuas” (1989), “Invenção
e Memória” (2000), além dos premiados: “Antes
do Baile Verde” (1970), vencedor do Grande Prêmio no Concurso Nacional de
Escritoras, na França; “As Meninas”
(1973), que ganhou o Prêmio Jabuti, o Prêmio Coelho Neto, da Academia
Brasileira de Letras e o Prêmio Ficção, da Associação Paulista de Críticos de
Artes; “Seminário dos Ratos” (1977), que
ganhou o Prêmio Pen Club do Brasil. Além de “A
Disciplina do Amor” (1980), “As Horas
Nuas” (1989), “Invenção e Memória”
(2000), “Durante Aquele Estranho Chá”
(2002), entre outros. Os seus livros
foram traduzidos para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês,
sueco, checo, além de edições em Portugal.
Lygia
Fagundes Telles foi laureada com o Prêmio Camões, o maior da língua portuguesa,
em 2005, pelo conjunto de sua obra. Em 2016, quando já contava 92 anos, foi a
primeira escritora brasileira indicada ao Prêmio Nobel de Literatura. É membro
da Academia Brasileira de Letras, da Academia Paulista de Letras, da Academia
de Ciências de Lisboa, entre outras entidades culturais.
LYGIA EM APIAÍ
Em
vários de seus livros – “A Disciplina do
Amor” (1980),
“Invenção e Memória” (2000), “Durante aquele estranho chá”(2000) –, Lygia Fagundes
Telles recordou a sua infância vivida nas pequenas cidades paulistas onde a
família morou, durante o período itinerante em que o pai exerceu cargos públicos.
Mesclando memória e ficção, a escritora reconstruiu esses momentos significativos
de seus primeiros anos em Apiaí, entre 1928-1931. Nos textos abaixo, podemos
ter uma ideia dessas lembranças.
“Os
verdes anos em Sertãozinho, chão da minha infância. Depois, Assis, Apiaí – cidades onde meu pai foi
promotor público ou delegado. Ou juiz, já disse que era instável, transferido
de comarca para comarca. Então família ia atrás com a mudança pela estrada
afora, num carro de boi”. (3)
“Morávamos
agora em Apiaí, depois da mudança tão comprida, com o piano no gemente
carro-de-boi. [...] Isso sem falar nos vasos de
plantas e na cachorrada que veio no caminhão com a Leocádia e mais a Custódia,
uma cozinheira meio velha que mascava fumo e sabia fazer o peru de Natal. Meu
pai, a tia e minha mãe comigo no colo, todos amontoados no tal fordeco meio
escangalhado que meu pai ganhou numa rifa. Com o carcereiro guiando, era o
único que sabia guiar. (4)
“Apiaí e a escola das freirinhas. Quando nessa tarde voltei da
escola, encontrei todo mundo de olho arregalado e falando baixo. No quintal, os
cachorros se engalfinhando. Por que a Leocádia não foi me buscar? E cadê minha
mãe? Tia Laura baixou a cabeça, cruzou o xale no peito, fechou o leque e foi
saindo meio de lado, andava desse jeito quando aconteciam coisas. Fechou-se no
quarto.” (5)
Em
sua tese “O imaginário como condutor da
narrativa de dois contos de Lygia Fagundes Telles”, pela Universidade
Federal de Juiz de Fora (MG), Leila Maria Fonseca Barbosa escreveu que uma das
lembranças mais marcantes da infância de Lygia Fagundes Telles em Apiaí é a do
Morro do Ouro. Ali a família, que não tinha muitas posses, adquiriu um pedaço
de terra, sonhando em encontrar ouro. Lygia, que então tinha sete anos de
idade, punha a sua imaginação para funcionar e imaginava acordar um dia vendo o
Morro do Ouro resplandecendo, como numa visão encantada. Infelizmente, o seu
pai nunca encontrou o metal cobiçado. A sua babá lhe contava histórias
fantásticas, e a menina, para impressioná-la, escreveu um conto de fadas, que,
no entanto, não surtiu o efeito desejado. (6)
Calila
das Mercês Oliveira, em sua tese “No
princípio era o medo: a memória e o tempo em Lygia Fagundes Telles”, pela
Universidade Federal de Feira de Santana (BA), observa que no texto “No princípio era o medo”, Lygia,
narrando em primeira pessoa, mescla recordações com invenção, fala de sua
infância, entre os cinco e seis anos de idade, em Apiaí. Nesta cidade, “tinha aquela rua comprida e aquele rio de
águas pardacentas com aquela lama boa para fazer bonequinhos”. Fala das
moças que trabalhavam para a sua mãe, “mocinhas
perdidas que eram expulsas de casa”. Muitas histórias eram contadas por
essas moças. O narrador, na verdade o eu-lírico de Lygia, lembra-se do dia em
que também começou a inventar as próprias histórias; as pessoas ficavam
atentas, mesmo quando, ao repeti-las, trocava o enredo e até mesmo os nomes das
personagens. Por isso, a necessidade de colocar essas histórias no papel, o que
era um ato difícil. “O que era importante
e o que não era importante? Muitos anos mais tarde aprendi o que era o acessório
e o que era o principal na hora da narrativa e em todas as outras horas”. (7)
Recordando
das moças que trabalhavam como suas pajens e das histórias de lobisomens e
outros seres sobrenaturais que eram contadas e que tanto fascinavam a menina,
Lygia escreveu:
“Eu
tive muitas pajens. Minha mãe recolhia em casa aquelas moças perdidas e ficava
com elas. Era um sistema bastante casa-grande e senzala e cada uma daquelas
órfãs se transformava em pajem [...]. Essas pajens sabiam tantas histórias... e
eu também contava muitas para elas e foi ao que eu comecei a escrever. Antes de
saber propriamente escrever, eu já inventava as histórias, ia juntando um caso
com o outro e ficava uma espécie de corrente cintilante [...]. Esse é um dado
da minha infância, inventar e também receber a invenção alheia. Um início que
não esqueci e que me inspirou quando comecei a escrever.” (8)
“Como
era fácil contar essa história, lançando mão dos meus recursos, fazia gestos,
caretas, gritava, ah! o susto que levavam todos quando arreganhei a boca para
apontar os dentes, lá onde deviam estar presos os tais fiapos de lã vermelha.
Fácil a representação, o difícil era a escrita. Eu me lembro, alguém protestou:
Mas o lobisomem não sabia que essa criança que devorou era o filho dele? Prossegui
implacável. Nessa hora ele não reconhece ninguém!” (9)
“Aqueles
dias de tanto sol e nuvens brancas que se transformavam inesperadamente em
raios despejando as tempestades, não, nenhuma nitidez na menininha que ria ou
chorava aos gritos. Sei que gostava de me deitar no chão para ficar olhando as
nuvens meio paradas, formando figuras. Também gostava de ouvir a minha mãe
tocar piano, ela era pianista. E de sentir o cheiro forte do doce de goiaba que
ela mexia no tacho de cobre.” (10)
“E
se falo no medo desse tempo selvagem é porque me parece importante esse chão da
infância em meio de cachorrada e das pajens, aquelas mocinhas perdidas que eram
expulsas de casa. E que minha mãe recolhia para os pequenos serviços: eram
analfabetas mas espertas, ainda no feitio das agregadas das nossas senzalas.” (11)
“Assim
como eu, elas colhiam os frutos ainda verdes, os maduros iam para os grandes. E
também costumavam apalpar as galinhas para saber se lá vinha vindo algum ovo
para a gemada, tempo das gemadas. Gostavam de contar histórias que tinham
ouvido ou simplesmente inventavam, tempo da invenção e das mulas sem cabeça, as
tais mulheres que se deitavam com padre e geravam filhos normais, isso até o
sétimo, fatalmente um lobisomem. Eu só escutava, ouvidos e olhos bem abertos.” (12)
“As
pajens de mãos fortes e duras me esfregam com força quando me davam banho. E
faziam os tais papelotes bem apertados em dia de procissão, meu cabelo era
escorrido e anjo tem que ter o cabelo crespo. Sou do signo de Áries, domicílio
do planeta Marte. A cor do signo é o vermelho, a cor da paixão. Da guerra, ´Estou
em paz com a minha guerra´, digo citando Camões.” (13)
Sandra de Almada Mota Arantes, em sua tese “Nos labirintos do
tempo: um estudo da escrita de Lygia Fagundes Telles”, pela Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, nota que, no livro “Durante
aquele estranho chá”, “há uma reunião de fragmentos de memórias de si
própria. Para contar uma história da infância, Lygia lembra de Apiaí e que, na
ocasião, tinha entre cinco e seis anos. Descreve que período ou tempo era
aquele quando ´mocinhas perdidas que eram
expulsas de casa´ e que trabalhavam para sua mãe, se reuniam para contar e
ouvir histórias. Totalmente envolvida com elas, provavelmente, Lygia vivenciava
suas personagens e apostou intencionalmente em outras chances de atuação
profissional. Já que as mulheres eram subjugadas às condições dos homens,
buscaria, então, uma profissão similar/exclusiva a deles. Conseguindo sua
estabilidade financeira, por meio de seus próprios esforços, poderia fazer
Direito.” (14)
Na
referida revista “A Cigarra”, Lygia
Fagundes Telles descreve o ofício de escritora com a sua precisão
característica
“A ideia de um conto, por exemplo, vai amadurecendo em mim, às
vezes lentamente, como um fruto. Sinto quando ele está maduro, no ponto, e
então me apresso em levá-lo para a página, escrito a mão, pois a máquina é
pedregosa, fria. Prefiro minha letra que desliza tão rapidamente e tão
frenética que mal consigo ler o que escrevi. E o original que sai assim meio
aos trambolhões, desalinhado e informe. Apanho a frase como vem, e levo-a
depressa para o papel, desvencilhando-me dela como de um pão quente que tiro do
forno e que me queima os dedos. Depois, a ideia esfria. Passa o estado de
aflição de impaciência. Vem a lucidez, a disciplina. Nessa segunda fase,
prefiro a máquina, que é mais limpa, mais seca. Nela coloco o papel e começa aí
verdadeiramente o processo de composição. O primeiro impulso de amor – e
escrever para mim é um ato de amor – é substituído pela tarefa
de selecionar as imagens, podar, acrescentar, reajustar. Buscar, enfim, a forma
que melhor comunique a ideia. Será esta a linguagem mais adequada ao conteúdo?
Fico perguntando a mim mesma. Como sou uma insatisfeita, esse trabalho de artesanato
se desenvolve sem pressa, difícil. Creio que entra aí a virtude maior que Deus
me deu: a paciência.” (15)
Casa onde Lygia morou em Apiaí, entre 1928-1931; hoje funciona um comércio. foto: Miguel França de Matos. Edição: William Rodrigues. |
“APIAÍ”
No
livro “A Disciplina do Amor”, Lygia Fagundes Telles incluiu o texto “Apiaí”, no qual rememora a infância na histórica cidade do ouro:
“A
origem talvez esteja no verbo apear,
desmontar, botar o pé no chão, vamos, apeia aí! mas também não estou certa, o
que sabe a gente das origens? Me lembro do rio rolando pardacento perto da casa
dos morcegos, uma ruína que tinha sido – contavam – uma bela casa
onde fora assassinada a Laura das Rendas. Agora era o abrigo da morcegada, meu
irmão prendeu um na gaiola, pude ver a cara dele bem de perto: a focinheira
arrebitada, de um cinza escamoso, era ruim como a do pequeno diabo sob a
sandália do soldado-santo na pintura da parede da igreja, as velhas beatas
raspavam com a unha da raiva esse focinho. Mas seus olhinhos murchos, com
laivos de sangue, tinham o cansaço triste dos olhinhos de um velho, solta ele!
eu pedi. O Morro do Ouro. Meu pai era dono de um pedaço do Morro, tem mesmo
ouro, pai? eu perguntava e ele sorria por entre as baforadas da fumaça do
charuto, gostava de charutos e roleta, era um jogador. Minha mãe tocava piano e
fazia goiabada no tacho de cobre, chamei de mulher-goiabada às mulheres dessa
geração. Gostava de cantar e me parecia alegre mas vendo hoje os seus retratos,
noto que sua expressão era triste, ela era triste?
“Todas
as noites, depois do jantar, a molecada do bairro se amontoava no portão de
minha casa: era a hora negra das histórias dos lobisomens, bruxas,
almas-penadas, tinha uma procissão de caveiras que passava à meia-noite,
cantando, ô Deus! como eu tremia quando minha pajem tapava o nariz e imitava na
perfeição esse canto. Minha mãe descobriu que ela chamava a cachorrada para
lamber no chão os pratos sujos com os restos do jantar (tinha pressa, queria
ficar livre logo) e botou-a de castigo. Então tomei seu lugar de contadora de
histórias e assim que comecei a inventar, vi que sofria menos como narradora
porque transferia meu medo para os outros, agora eram os outros que tremiam,
não eu. Datam desse tempo meus primeiros escritos, isso depois do aprendizado
com a sopa de letrinhas de macarrão que ia alinhando na borda do prato, me
lembro que o y era difícil de achar, procurava no meu prato, ia ver no prato
dos outros que acabavam me enxotando. Tinha que recorrer ao caldeirão fervente
com as letras borbulhando lá no fundo.” (16)
CIDADÃ APIAIENSE
Pelo
Decreto nº 7, de 30 de maio de 2016, de autoria do vereador Vanderlei Borges de
Lima, a Câmara Municipal de Apiaí aprovou a concessão do título de “cidadã apiaiense”
a Lygia Fagundes Telles, “em reconhecimento por seus relevantes serviços
e por sua infância em Apiaí”. A “cidade do ouro” demonstrou, assim, a sua
gratidão pelos anos ali vividos pela consagrada escritora, que inscreveu Apiaí
nas páginas da literatura universal.
NOTAS
(1)
FRANÇA, Gabriel Vicente. Juventude e
universidade em “As Meninas”, de Lygia Fagundes Telles. Universidade de São
Paulo, Faculdade de Educação, São Paulo, 2019, p. 48-49.
(2)
COUTINHO, Ediberto. Entrevista de Lygia Fagundes Telles. In “A Cigarra” (SP), nº 5, maio/1971, p.
40-41.
(3)
FRANÇA, p. 47
(4)
Conto “Que se
chama solidão”, do livro “Invenção e Memória”, Editora Rocco, Rio
de Janeiro, 2000, p. 9.
(5) Idem, p. 9.
(6) BARBOSA,
Leila Maria Fonseca. O imaginário como
condutor da narrativa de dois contos de Lygia Fagundes Telles. Universidade
Federal de Juiz de Fora (MG), p.14.
(7)
OLIVEIRA, Calila das Mercês. No princípio
era o medo: a memória e o tempo em Lygia Fagundes Telles. Universidade
Federal de Feira de Santana (BA). Migulim - Revista Eletrônica do Netlli. V. 3,
N. 2, p. 153-162, maio-agosto/2014, p. 155.
(8)
LUCENA, Suênio Campos de. 21 escritores
brasileiros: uma viagem entre mitos e motes. São Paulo: Escrituras Editora,
2001, p. 196.
(9)
TELLES, Lygia Fagundes. No princípio era
o Medo. In Durante aquele estranho
chá: memória e ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 69-71.
(10)
TELLES, Lygia Fagundes. Resposta a uma
estudante de Letras. In Durante
aquele estranho chá: memória e ficção. São Paulo: Companhia das Letras,
2010. p. 103-108.
(11)
TELLES, Lygia Fagundes. No princípio era
o Medo. In Durante aquele estranho
chá: memória e ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 69-71.
(12)
TELLES, Lygia Fagundes. No princípio era
o Medo. In Durante aquele estranho
chá: memória e ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 69-71.
(13)
TELLES, Lygia Fagundes. Resposta a uma
estudante de Letras. In Durante aquele
estranho chá: memória e ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 2010d. p. 105.
(14) ARANTES, Sandra
de Almada Mota. Nos labirintos do tempo: um estudo da
escrita de Lygia Fagundes Telles. Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, Programa de Pós-Graduação em Letras, Belo Horizonte, 2016, p. 73.
(15) COUTINHO,
Ediberto. Entrevista de Lygia Fagundes Telles. In “A Cigarra” (SP), nº 5, maio/1971, p. 40-41.
(16)
TELLES,
Lygia Fagundes. A disciplina do amor. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
ROBERTO FORTES,
historiador e jornalista, é licenciado em Letras e sócio do Instituto Histórico
e Geográfico de São Paulo. E-mail:
robertofortes@uol.com.br
(Direitos
Reservados. O Autor autoriza a transcrição total ou parcial deste texto com a
devida citação dos créditos).