Os Povos Tradicionais da Mata Atlântica através do olhar de estudantes da rede estadual de ensino

Atividade de campo possibilitou uma vivência cultural na Aldeia Indígena Takuari-Ty em Cananeia


Os Povos Tradicionais da Mata Atlântica através do olhar de estudantes da rede estadual de ensino



Na última sexta-feira (08/04), estudantes do PEI Escola Estadual Geni Cunha, do bairro Porto Cubatão, em Cananeia/SP, visitaram a Aldeia (Tekoa) Indígena Takuari-Ty, localizada na área urbana da cidade para realizarem mais uma atividade de campo da disciplina eletiva “ComUnidades – Um Registro dos Povos Tradicionais da Mata Atlântica” proposta pelos professores Cleber Rocha Chiquinho (Ciências) e Mayarha Barreto (Artes) para estudantes do 8º e 9º anos do ensino fundamental.

A vivência teve início com uma importante fala de uma das lideranças da comunidade o indígena Abílio da Silva “Wera Poty”, que fez uma breve apresentação do lugar, de como é a vida deles e falou sobre o dia do índio, que pra eles é uma data que consideram preconceituosa e carregada de estereótipos, como as pinturas faciais feitas sem significados e o uso indevido de cocares.

Para a professora Mayarha, essa data “deveria suscitar reflexões sobre as reais condições da população indígena no Brasil e ouvir o que eles tem a dizer, garantindo seus direitos e valorizando essa importante cultura tradicional”.

Na sequência aconteceram algumas apresentações culturais como o Coral Guarani Mborai Nhembojera “Nascer dos Cantos”, a Dança do Xondaro e a Dança do Tangará, sendo que em uma delas os estudantes puderam participar e interagir com a juventude indígena.

Uma das atividades que mais repercutiu entre os estudantes foi a vivência com o arco e flecha, na qual alguns estudantes tiveram facilidade em manusear esse artefato, já outros mais dificuldade, mas todos se divertiram bastante.

Após o almoço, feito pelos próprios indígenas, os estudantes percorreram a comunidade com seus celulares e câmeras fotográficas para registrarem o local, as pessoas, os objetos e as paisagens que compõe o território habitado por esse povo originário. A estudante Rayssa Novaes da Silva, 13 anos, destaca que “foi uma atividade muito importante para conhecermos as raízes do povo brasileiro e valorizarmos a cultura em nossa cidade”.

Os desdobramentos da aula prática continuam na escola e para a próxima vivência, o professor Cleber explica que “em maio iremos conhecer a comunidade remanescente de quilombo do Mandira e vivenciar um pouco de como é modo de vida dessas pessoas que já estão nesse território há séculos, será muito interessante para nossos estudantes esse contato e aprendizado”.

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