Pelo terceiro ano consecutivo, objetivos da ONU no Legado das Águas mostram avanços na geração de emprego e proteção da biodiversidade

Vale do Ribeira - Levantamento integra o 3º relatório anual de progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, implementado na Reserva em 2019 em 100% das suas operações

O Legados das Águas – maior reserva privada de Mata Atlântica do país, concluiu o balanço do terceiro ano de monitoramento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). 

A Reserva divulgou um relatório que mede a efetividade de seu modelo de negócio, aliando prioridades de atuação, indicadores, compromissos e metas do negócio aos ODS. 

Em 2023, entre as ações realizadas pelo Legado das Águas aliadas aos ODS, destacam-se a geração de emprego e renda, com 78% da mão de moradores do Vale do Ribeira, proteção da biodiversidade, com a produção de quase 70 mil mudas para projetos de paisagismo, e ações socioambientais, com mais de 24 mil pessoas impactadas positivamente pelas iniciativas socioambientais.






Dentre os principais avanços, Daniela Gerdenits, gerente do Legado das Águas, destaca a geração de emprego e renda para as comunidades locais (ODS 1 e 8). 


Além de 78% do total da mão de obra ser de moradores locais, 100% das equipes de guias que atuam nas atividades de ecoturismo e na área de monitoramento ambiental da Reserva são das cidades do Vale do Ribeira.


“Não há conservação se não tiver oportunidade para quem mora na floresta ou perto dela. É indispensável unir conservação e atuação social. 

Desde a criação do Legado das Águas, há 12 anos, buscamos, de forma contínua, ampliar as oportunidades para as comunidades onde a Reserva está inserida. 

Além de oferta de emprego e renda, investimos em diversas capacitações e treinamentos, de forma a preparar uma mão-de-obra que possa atender a nossa demanda, mas também a do mercado, valorizando as vocações e cultura locais”, explica a gerente.

Ainda em relação à geração de emprego e renda, outro ODS que se destaca é o 5, que tem objetivos e metas para a promoção da igualdade de gênero. 

Do total da mão de obra do Legado das Águas, 60% são femininas. Além disso, a média é de 57% de mulheres em cargos de liderança.



Atuação socioambiental


Somente em 2023, os projetos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Vale do Ribeira (PDS) beneficiaram 24 mil pessoas, em projetos de saúde, educação, esporte, cultura e lazer.

Dentre os destaques estão o Projeto Sabiá Laranjeira de formação teatral para crianças em Miracatu, que teve 2.526 pessoas envolvidas, o Projeto “Buzum!” de teatro itinerante, com 70 sessões realizadas entre os municípios de Tapiraí, Juquiá, Miracatu, Registro e Juquitiba, beneficiando 2.440 pessoas, e o projeto Diverte Teatro Viajante, com oito apresentações e 1.356 pessoas envolvidas.

Por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Vale do Ribeira (PDS), o Legado das Águas contribuiu diretamente com metas da maioria dos 17 ODS, principalmente os que tratam de Educação de Qualidade, Água Potável e Saneamento, Consumo e Produção Responsáveis, Ação Contra a Mudança Global do Clima e Vida Terrestre.

“Por meio dos programas e projetos socioambientais, conseguimos promover saúde, lazer, educação e cultura para as cidades do Vale do Ribeira. A maioria das ações estão conectadas com temas de conservação da floresta, tendo um papel essencial para aproximar as pessoas da Mata Atlântica”, complementa Daniela.



Proteção da biodiversidade


A pesquisa científica, desde a fundação do Legado das Águas em 2012, sempre foi uma das frentes de atuação com grande destaque. 

A biodiversidade dos 31 mil hectares de floresta em alto grau de conservação da Reserva resultou em algumas das descobertas mais relevantes para a Mata Atlântica nos últimos 12 anos. Em 2023, foram realizadas seis ações, entre programas e projetos, realizados com a equipe interna e em parceria.

Essas novas parcerias somam-se aos outros 43 programas e projetos que já foram realizados no território da Reserva nos anos anteriores.

Outro importante avanço na proteção da biodiversidade está na produção de mudas de espécies nativas no Centro de Biodiversidade do Legado, local que alia a expertise das pesquisas científicas realizadas no território à produção inteligente de espécies nativas da flora atlântica para comercialização, com foco em paisagismo e reflorestamento de áreas degradas. 

Em 2023, foram produzidas quase 70 mil mudas para paisagismo, contribuindo para levar a Mata Atlântica de volta para os centros urbanos.


Além disso, todos os anos, com monitoramento constante de fauna e proteção da área florestal da Reserva, o Legado das Águas protege cerca de 13% de fauna ameaçada de extinção na Mata Atlântica. 

Com a conservação de 31 mil hectares de floresta, o Legado das Águas já contribui diretamente para o ODS 13, de Ação contra a mudança global do clima, e o 15, de Vida terrestre selvagem.

Monitoramento dos ODS


Atualmente, são 17 ODS, 169 metas e aproximadamente 250 indicadores que, integrados e indivisíveis, equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. 

Eles balizam como os países signatários do Pacto Global da ONU devem enfrentar os desafios da sociedade, de forma a garantir que a população mundial de nove bilhões de pessoas previstas para 2030, tenha seus direitos básico assegurados, bem-estar, qualidade de vida e, ao mesmo tempo, garanta a proteção do meio ambiente. 

No Brasil, aproximadamente 120 dos 250 indicadores são monitorados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse controle proporciona uma referência para trabalhar os objetivos no país.

O Legado das Águas contribui com 14 dos 17 objetivos: Erradicação da pobreza (1); Fome zero e agricultura sustentável (2); Saúde e bem-estar (3); Educação de qualidade (4); Igualdade de gênero (5); Água potável e saneamento (6); Trabalho decente e crescimento econômico (8); Indústria, inovação e infraestrutura (9); Redução das desigualdades (10); Cidades e comunidades sustentáveis (11); Consumo e produção responsável (12); Ação contra a mudança global do clima (13); Vida terrestre (15) e Parcerias e meios de implementação (17).

O processo de monitorar os ODS na Reserva começou em 2019, com um mapeamento das possíveis sinergias entre as metas e indicadores dos ODS monitorados pelo IBGE, frente aos processos de cada área do Legado. 

Em 2020, foram estruturados indicadores que refletissem os resultados das áreas e, ao mesmo tempo, contribuíssem com os ODS. Em 2021, esses indicadores passaram a ser monitorados.


Sobre o Legado das Águas – Reserva Votorantim

O Legado das Águas é a maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil. Área de 31 mil hectares divididos entre os municípios de Juquiá, Miracatu e Tapiraí, no Vale do Ribeira, interior do estado de São Paulo, que alia a proteção da floresta e o desenvolvimento de pesquisas científicas a atividades da nova economia, como a produção de plantas nativas e o ecoturismo. 

Foi fundado em 2012 pelas empresas CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, Nexa, Votorantim Cimentos e Votorantim Energia. É administrado pela Reservas Votorantim LTDA. e mantido pela Votorantim S.A, que também em 2012, firmou um protocolo com o Governo do Estado de São Paulo para viabilizar a criação da Reserva e garantir a sua proteção. 

Mais do que um escudo natural para o recurso hídrico, o Legado das Águas trata-se de um território raro e em estágio avançado de conservação, com a missão de estabelecer um novo modelo de área protegida privada, cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável. 

 

Pelo terceiro ano consecutivo, objetivos da ONU no Legado das Águas mostram avanços na geração de emprego e proteção da biodiversidade
Créditos foto: Luciano Candisani

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